sábado, 29 de dezembro de 2012

VITUALHAS(VITUALHAS!) - verbete


Hoje a lua apareceu
e se empalideceu cheia
na chuva e chusma do amarelo,
no plenilúnio amarelo
alelo nos genes paralelos
das borboletas amarelas
em suave planar de ave,
que não são
no ser dado aos entes
pela nomenclatura
originária do ser humano
ao por a voz e a grafia no "logos"
ou "in verbis"
se latim
for sim
o alfa e o fim
de um fio de voz,
temente ao amor,
que é Deus
interposto entre o homem e a mulher .

O amor canta no filete de fala
no ômega da vocalização
sutil no coro de oboés
na sinfonia pastoral de Beethoven.

No apontamento para história de lua
ela ( a bela e a lua)
estava com cara prata,
não de um prateado
ocasionado por cosméticos,
mas um prateado
de quem foi pranteada,
quiçá na planta do céu.

Argêntea face,
a de lua, no de lua dela;
argentino sorriso de gato de Alice
no país que passa por aqui
em monção inglesa...
Lua vidrada no olho
que nada deixa de ver,
nem transparecer que vê
quando olha àquela que ama
em meio à turbamulta.
( O olhar separa,santifica,
canoniza em processo sumário,
sem sumo pontífice,
a bem-amada,
da canalha risonha,
prolífera qual arraia-miúda,
mostrando e mordendo
com todos os dentes,
no sorriso hipócrita,
de boca cheia
por toda parte
em que haja vitualhas(vitualhas!)
( vitualhas são o que virtualmente
e realmente estão
à base de sua dieta,
se é que a plebe
segue algum regime,
alguma racionalidade
que meça seu voraz apetite animalesco
em regras estribadas na razão,
a qual guia o filósofo
ou a paixão exasperante
que tira o timão da mão do poeta
ante a imagem da amada,
pois a ela ele entrega sua sorte
e todo o seu coração,
toda a sua alma,
todo o seu corpo,
todo o seu ser...
sem receio das borrascas
que desenham medusas num céu
dado ao olho
em fundo negro de alma
dentro da noite
em que se afoga a alma
nas águas das trevas).

Sem ela
não há estrela guia
para o poeta,
cuja vida
vegeta nela.

Ela é a lua na prata cor,
a estrela que aquece
o coração cheio de amor
que demonstra um temor
- monstro temor
que é próprio do amor,
o temor ao Senhor
e à amada, ao amado,
pois ali há também
um risco de veneno
- um riso de demônio zombeteiro
que é um  ser
dentro de um ser
- humano!

Ela está escrita
em versos dos mais maviosos poetas
na estela do meu coração.

 
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domingo, 23 de dezembro de 2012

TOTEM(TOTEM!) - verbete


DESEO :
" Sólo tu corazón caliente
y nada más".


Mi paraíso, un campo
Sin ruiseñor
Ni liras,
Con un río discreto
Y una fuentecilla."

Assim cantam uns  versos  aquáticos de um poema de Federico Garcia Lorca, poeta lírico e dramaturgo espanhol de boa cepa.
No Tanack (Tanach, Torah, Pentauteuco, Testamento ou testemunho fidedigno) está escrito ""Não desejarás a mulher do próximo...", mas a exegese pode ler "n" sentidos e razões neste "logos".
 O carro, a mula do próximo são do próximo, pertence-lhe, porquanto não apresentam jamais resistência, não tem ser por dentro para se amotinar, insurgir, revolucionar, ou evolucionar,  mover, enfim,  o cosmos das relações pessoais, até personalíssimas, ou  consigo mesmo; portanto, enquanto entes em passividade pétrea, só são separados do próximo em caso de alienação, na troca, no escambo, que não são atos de objetos, porquanto o objeto é sempre um ente passivo ( o objeto é passivo, não passível, ao passo que o sujeito é passional, move o ser; esta oposição é  que dá empuxo ao movimento da mente e do corpo leve no balé de Degas e de Nietzsche, o levíssimo, habilíssimo, agilíssimo  bailarino do pensamento). O objeto está integrado ao patrimônio : este o seu estado.
Aliás, objeto tem sua existência restrita ao estar, ao estado, à passividade interna, não em  energia, mas no setor de sistemas nervosos centrais e autônomos, que movem ou regurgitam o ser do interior ao exterior;  é um estado da matéria e um estágio da energia que o perfez e o mantém unido; no objeto não há manifestação de ser (epifania, epifania), porquanto o fenômeno é tão-somente de ordem material e energética, sendo que energia e matéria são substratos mútuos do mundo ou universo, mas não ser. O objeto, está, está na tese, enquanto objeto de tese natural e intelectual; entrementes,  não é, não tem um ser por dentro que o move, um ser expresso pelo vocábulo latino "alma", que configura o ente movente.
O ser humano é alma movente por dentro e corpo movente por fora : o ser é movediço na areia movediça do corpo e na areia para ser mensurada (razão, racionalidade) na ampulheta da alma do inventor ( o ser humano), que é o mesmo que dizer a palavra espírito ou pensamento par a exprimir as funções nominais no "logos" da matemática e na lexicografia.
A mulher não é mais um patrimônio acrescido ao bando de animais que porfiam diuturnamente por território e fêmeas, lei que vigora entre os leões, os chimpanzés e nas interações políticas de outros animais na fase do acasalamento. A mulher dá razão e azo, ou vazão, às relações políticas  que se consubstanciam ou se consumam no matrimônio. Esse vínculo garante ou facilita  a criação dos filhos, na divisão de tarefas, ou seja, ela responde pelos filhos enquanto estão sendo criados,  enquanto crianças. Na hermenêutica (hermeneuta)  bíblico do tempo ela era submissa à missão do homem, do homem enquanto patriarca. O patriarca é um objeto de alienação do pensamento do homem, um objeto posto, em tese, pela tese, ou seja, pela posição e modo de por do pensamento contextual vinculado à costura do tempo que os vestia da cultura em vigor.
A  mulher, (e o homem!),  enquanto ente que manifesta o ser, "in casu", o ser humano, e, portanto, um ente pensante ( de razão, "ratio") e desejante (volitivo, de volúpia pia(volição!) no matrimônio, na sem-razão quixotesca do idealista incauto, politicamente desprevenido e despreparado para viver, por carência de traquejo social), pode não ser  mais do próximo, não ser em ser foro íntimo mais a mulher do próximo,  mas apenas estar com ele, sub-júdice e sob jugo de lei ( ou ela, caso a mulher seja em lei  o outro cônjuge sob  o jugo da lei cível, que os amarra ou prende num contrato, porquanto a lei é contrato em sentido lato e estrito, concomitantemente,  conquanto passível de anulação, de nulidade,  ou ser revogado tanto quanto qualquer contrato menor, ou seja, firmado entre partes interessadas e rescindido quando não há mais interesse mútuo e um está a prejudicar o outro); e, neste caso, o cônjuge em prejuízo está com o outro, tão-somente em função do liame legal, ( que cria tal estado e este estado que nos subjuga ao subsumir determinados atos ou ações perpetradas por nós à sanção da lei, a qual nos pune ou beneficia); isto, estes fatos descritos, pensados, ocorrem tão-somente  devido à escravidão de letra de lei em contrapartida à liberdade  do absoluta do espírito humano, que não vige debaixo de norma, mas se firma e se ergue em exegese, hermenêutica, ou seja, tese : põe ou posiciona ou torna positivo, como queiram, o ser no mundo enquanto tese( postulado, doutrina) do espírito (pensamento) do ser humano vivo. Tese esta que sobrevive ao corpo ou se torna o corpo em signos e símbolos dos escritores, pintores, etc.
Vide, e vige no pensamento vivo,  o 'Espírito das Leis", obra ("opus") escrita por  Montesquieu, que, destarte, com esta tese deu o ser à lei : o seu ser ( o ser dele, agora em letras que guardam o cérebro vivo nos desenhos do pensamento em signos e símbolos).
Sendo, e o é,  a mulher atual ( e atuação, "ator" ou atriz que representa-se no palco teatral social, político, de sua época), livre do jugo do esposo, ela pode, sem embargo,  estar com ele, por coação legal, mas não ser dele, pois o ser é dado pelo ser humano no pensamento e depois desenhado no "logos" na escrita e na fala(canto), porquanto essa é a linguagem própria para ir de encontro a tudo o que é humano. O ser não pode ser alienado, senão enquanto pensar e por estar  no mundo cultural em tese  do pensamento; estar em tese no mundo, tal qual o fizeram Jesus Cristo, cujo ser subsiste numa instituições ( ou várias) denominada igreja ou assembléia, porquanto era a ideia de igreja, ou assembleia, enfim , da comunhão e comunidade dos homens que moviam o pensamento em tese de Jesus Cristo. Isto se dá com as instituições fundadas no pensamento de Buda, suas meditações e técnicas e outras entidades as mais diversas, como empresas, associações, fundações, etc. É uma seara política sem fim.
A linguagem para se relacionar com a natureza é a geometria, que ganha escrita (signos e símbolos) na linguagem das matemáticas e da álgebra, que encaram e encerram ( não encerram , melhor dizendo) o vasto abstrato cavado no mundo mental, intelectual. A linguagem do ser e para abrir o ser no homem e  na mulher, consortes independentes da escrita em lei, é linguagem com palavras, desenhada nas senóides das vozes e da escrita, que canta o coração nos poetas em suas respectivas línguas.Oh! os poetas, estes somente podem ser lidos e degustados em suas próprias línguas, jamais no verter em tradução. Não se verte o que é doce ao coração : o amor, espírito de tudo : alma da vida. Ah! este insuspeito ser de dúplice alma : o homem, a mulher, cindidos pelo gládio da " justiça" firmada em lei e contratos que tais!...
O ser, que é o sujeito ativo ou passivo, o ente com ação interior,  tem seu "logos" ou verbo ("verbum domini") na língua falada, cantada, escrita; no léxico e , mormente, no canto do poeta; daí que não continuar entediado nas teias da lei, mas foge com Cristo para as teias do amor, pois "Deus caritas est", grafa a epístola de São Paulo apóstolo, em língua de anjo, ou seja, de poeta.O estado ou estar tem sua linguagem nas matemáticas, pois são objetos do sujeito e não se afundam no universo subjetivo, um buraco negro em direção ao fundo do copro humano anatômico e fisiológico e lógico, poético, musical, político, em sua "Encomium Moriae". Todas a ciência humana não passa pelo crivo da "Encomium Moriae", pois tudo é o que é humano é mera economia da loucura. O mesmo apóstolo, São Paulo, dí-lo com todas as letras em uma das suas epístolas, o que Erasmo de Rotterdam só faz repetir o dito do apóstolo das gentes ou do gentio.
A volição é o movimento ou motivo do espírito (ou pensamento) . O ser é volitivo e evolutivo. Os pássaros estudados (objetos) por Darwin, nas ilhas Galápagos(Galápagos!) , são, ou seja, são seres, na infeliz redundância que nos faz descair a língua portuguesa, com certeza um idioma ótimo para mercar, porém ruim e pouco eficaz para pensar profunda e profusamente.
A lei em atuação,  o que quer dizer, o espírito ou tese de época (posição dentro de um contexto de terra, trabalho, relações político-econômicas que desabam no Direito e nas ciências, enfim, em todas as formas de relações ou interações humanas) posicionava a mulher como objeto  a ser alienado no comércio do amor); o novo "espírito" ou tese, ou exegese(exegese!) contextualizada pelo fluir do teatro atual do ser em palco social, comunitário, político, também põe o homem sob o jugo da lei, no mesmo patamar; ou seja, o eixo do objeto apenas se deslocou e ampliou o foco e apanhou todos os seres humanos agora dados ao comércio do amor", como dizia Montaigne. Todos estamos sob jugo legal; este nosso "matrimônio", no qual nos tonamos patrimônio do estado, através do "estado de Direito", que nos subjuga com leis, ou seja, escraviza, não mais apenas a mulher, mas todos, independente de sexo, "raça", fortuna ou o que quer que seja. Não co-pertencemos ao estado, como é assinalado em lei, de forma sutil, sub-repticiamente, mas pertencemos a este enorme Leviatã, que se enrosca até me nossos sonhos. Destrói o "foro íntimo" que imaginamos ter no ser que somos alienados, posto na tese do estado, que domina tudo : é o senhor absoluto, que serve como camuflagem para os seres humanos que dominam, que detêm o poder do estado assalariando sicários e outros lacaios servis, subservientes. Paradoxalmente, o estado, que é o Direito,  deixa que em inúmeras situações, que interessam aos todo-poderosos, que o ser humano defina sua vida em âmbito restrito, adstrito ao seu casamento e relações, laços, liames menores, mais brandos , nos quais são atores e atrizes os amigos, o amor, o trabalho, até certo ponto que não ultrapasse ou extravase o limiar do crime ou o tabu sempre um totem(totem!) sem ou com corpo de artefato.
Jesus Cristo aboliu a lei; ao menos esta tese está a consonar com o que diz São Paulo, apóstolo. Todavia, a visão genial desse homem notável, profundamente e precocemente sábio, que foi Jesus, é a visão do reflexo de um  Narciso n'água, "suicidado", ou seja, que não cometeu suicídio, nem o  premeditou, mas que, ao se ver no espelho social, político, e, ao se refletir nele, que não é o mesmo ato de ver (refletir e ver), acabou se afogando na pequena lagoa dos anões no poder ( há milênios no poder político, graças às suas trapaças, Marília bela, minha única estrela do norte!), criadores da cruz e outros suplícios para os outros, apenas para se vingarem da própria cruz que carregam pesada : a feiúra de corpo e espírito que os perseguem toda a vida, existência fora."Pérfidos anões!', diria e disse Nietzsche, em sua obra "O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música". Em alemão :"Die Geburt der Tragödie aus dem Geiste der Musik", obra reeditada com o título : "Die Geburt der tragödie, Order :Griechentum und Pessimismus". 

 
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sábado, 22 de dezembro de 2012

ÁRCADES(ÁRCADES!) - dicionário wikcionário wikdicionário


Um poeta nem sempre,
nem sempre-vivo,
nem-sempre-vivo
na sempre-viva vida,
quiçá, assaz vivaz,
quando muito,
usa do chiste:
outro chicote,
na chacota, chalaça,
na massa atômica,
molecular, nuclear...

Chiste, não xisto,
que existe
(eu existo,
"logos" penso,
apenso o senso)
para açoitar,
açodar, acicatar...
Acicate.

Todavia, quando fala da planta,
diz da botânica
( o bardo se espreguiça
em saltério na botânica)
e mais que a botânica
aborda a biologia viva na enguia,
discorre córregos que correm
em corredeiras de águas sombrias
a buscar a cássia
vegetal feito em água de dentro,
por dentro, água nuclear,
eucarionte fonte
de mel e leite
no jardim de dentro do ser,
à espera das hespérides,
buscando a origem da vida,
a alma na glicose,
a mãe no ventre
onde pisou primeira terra
prometida, em embrião e feto,
o aedo que produziu a gesta
e a besta
- na fera e no artefato.

Oh! o feto arbóreo!,
boreal no vento
( Bureau na política paleolítica
em pálido estágio de pedra ),
no vento que venta
que vem e vai
varre e inventa
no que venta
nas ventas do derviche
que gira, roda,
revoluteia em teia
de aranha
que arranha
o arranha-céu
com garras felinas
fincadas no flanco
da abóbada celeste (- Alceste!)
que veste a leste
e a oeste deste itinerário
descoberto, desvelado...
posto ao oposto
do homem que velou
em tese do intelecto
ou mero ato físico ( ou tísico?)
do feto desarvorado
em abrupto aborto
torto morto
hirto no horto
caído da queda do anjo decaído
- pois folhas são
quais anjos,
iguais a arcanjos,
penduricalhos em árvore
de folhas caducas,
caduciforme, não-perenes,
infensas a não-queda
sem para-queda...

Quando canta a flor na mulher
canta a floresta negra,
o rapsodo, o trovador,
que encanta o canto
no chão do cantochão
com folhas amarelecidas de outono...
canto o chão!
aonde ela pisa
lisa de Elisa, cartão Visa
net.
(Não é, meu neto?!).

Ah! há a floresta de bétula
- noiva de branco,
mas não a mulher alheia,
a feia alheia,
bela na inversão da paixão
que espia e expia
os meus olhos
em expiação de espião.

Folhas escritas em versos,
cantadas cantatas
em liras de Marília de Dirceu
ou do pastor apaixonado,
perdidamente apaixonado
pela bela árcade,
longe da Arcádia,
errando pelos campos e vales
e prados e riachos
com pés descalços n'água límpida
do arroio em arroz
plantado
no que o olho é verde
ou negro na amada
que olha do escuro
da noite na alma
de Joan Miró
em  mulheres noturnas,
Chopin em noturnos
e São João da Cruz
no claustro silente
penitente.

Sim, a Cássia,
acácia...:
a Cassia, no espartilho da flor amarela,
é uma mulher
e uma árvore da vida :
A árvore que doa,
dota, adota a vida
corrente rio na seiva
e refletida pelo espelho do sol
no Narciso a se mirar
na sacarose,
maltose, lactose...
que são o que é o mel
no verde vegetativo
em sistema nervoso
( um rio em verde
à jusante e à montante
pelo corpo do poeta)
tocado pelo violinista verde
em ósculo com a música
e a musa do azul
- do azul violinista do anil,
na anileira em floral
de Bach frugal,
fuga de Bach,
- Bach fisioterápico
em pico de capitalismo
picante
sem marca de Marx.

Não posso dizer
do amor que sinto
nem a que venho
porque vivemos,
minha bela,
sobre a pressão das palavras
- sobrevivemos sob a prisão das palavras:
O mundo é uma prisão de palavras...
ergástulo em palavras,
letras de lei,
signos de reis,
insígnias, símbolos de imperadores
- dos horrores políticos
perpetrados sob sol e chuva,
noite e lua
no anel da menina bela,
ancha do anjo da verdade:
ancho o peito no seio,
coração palpitante
de vida e amor,
que é mais vida
- e mais amor
e...

Um poeta
ou ensaísta à vista
nem sempre usa de chiste
- chiste que existe
para açoitar os lombos
dos quilombos,
dos gongos, bumbos...;
contudo, quando fala da planta
- que planta!
fá-lo no "logos" da botânica
ao nu do olho
fincado na raiz
de botànica agônica
que, destarte, de certo disserta
sobre a cássia ( "cinnamomum cassia "),
Cássia-imperial ("Cassia fístula"),
buscando a fonte da vida
na alma de fronte à glicose,
especulada em Narciso,
e a mãe na madre,
na madressilva....,
onde provou primícias da terra :
Gaia, Gaya, galha! :
Gea, Géia (geléia!), Gê, geada...

Uma mulher
é uma árvore da vida
e do conhecimento do bem e do mal
do zen e do mel
do fel e do véu,
mas uma mulher
por bela e doce
tem sempre um travo
amargo
que vegeta e é vegetal
no sistema de nervos
com autonomia inata,
lei nata,
no leite, leito e flor fosca,
tosca em tosa de olho
que a vê
tosa musgosa.Glosa(glosa!).

A mulher (e o jacaré)
é a árvore que doa a vida,
doa a quem doer!
- Vida corrente curva na seiva
e refletida pelo especto solar
no Narciso em glicogênio
tocado pelo violinista verde
em ósculo com a música do azul
violinista do anil).

Os poetas arcaicos
e os árcades(árcades!)
não nativos,
mas inativos, da Arcádia,
usavam nomes mimosos
de Marília, Natércia e Beatriz
para formosuras casadas
em suas travessuras.

Em sua botânica,
na botânica na mulher,
(e falo da raiz do homem
que é a mulher,
sem tocar a cítara
do amor platônico
nas canções sem Musset :
musselinas em musas
e músicas em poesia
que Lia lia antes de Raquel)
- no sistema vegetal da mulher
o homem no hímem cata a vida
na folha virada para dentro
do olho interior
do ciclope cíclico
que olha para o fundo
do abismo profundo
que a mulher
às vezes é
na paixão sem Cristo
do natal triste
de um monge que existe
para parodiar
(parodiar o ar!), o chiste,
bem triste
do amor que foi
morrer no desterro
do desprezo
pela mulher
que antes amara
no verdejar da Cassia
na gare do violinista verde
quando o tempo
não tocava o escuro
no coração partido,
não mais partilhado...

Isto é de dar a pena
- tanta pena!...
do amor que saiu de cena
por uma quantia pequena,
irrisória,
indigna de riso,
infensa ao siso,
maculada pela mancha
que não manha
o Canal da Mancha


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domingo, 16 de dezembro de 2012

PÍTON(PÍTON!) - verbete


A escrita é uma dança com os dedos
e a mão que quer e acaricia :
- a carícia
na carestia,
na velha tia
e na eucaristia
que toda tia gosta
e de mãos postas!
- posta a mesa
para o glutão
e para a comunhão
com Cristo,
nosso Senhor.

A pintura outra dança
no mover da mão
a braço com o abraço
do braço com a tela...
Bela, a fricativa na boca,
sibilante,
uvulares,
labiodental...
na dança
com língua
de Sancho Pança
e Dom Quixote
no mote
e no bote da serpente
enrodilhada dentro do bote rio abaixo,
a sibilar
na sibila (que sibila!),
na pitonisa,
na píton(píton!) reticulada
e em Pitágoras :
agora sem Ágora).

A mão dança nos dedos
ao desenhar o arco
do triunfo
que é uma dança no papel
do arquiteto
que a passa
em contradança
ao papel papal
que nem de uma papisa
- no papiro
tem o signo
onde giro eu
- eucarionte
ontem e tresontonte
do ventre livre
ao Monte Carmelo
hoje em um monte de caramelo
ou um amontoado de machimelo
em toada doce
de iguaria sem igual
para massagear os dentes
de leite das crianças
em danças
de infante
grimpante
e bactérias
quase etéreas
no lado invisível
do mundo cão pastor :
"Canis Minor",
"Canis Major"
a consonar com o céu
sem o anil vil,
metal, metálico.

O pensamento é uma "dançarina"
- uma bailarina
descrevendo senóides
pelo senos,
co-senos séculos fora.

As Três Graças de Canova,
Boticelli... : O pensamento é...
as Três Graças!
- e um bailarino
no filósofo-filólogo Nietzsche
que de ditirambo em ditirambo,
aforismo em aforismo,
até o desaforo!,
se dizia um dançarino,
porquanto salta o pensamento
aos olhos,
no caprídeo deus Pã,
desenhado, desdenhado,
e em ondas senoidais
quais peixes que tais
se acham em nado
( que nada!)
na cascata do rio São Francisco
de água santa e benta,
água com madeixas encaracoladas
pelos cabelos das sereias
e das medusas
descendo a cachoeira
que pranteia
o amor feliz
e infeliz
de minha avó,
em algum lugar
da não-Mancha( Mancha, manchego!)
ou da não-Mancha
no manche da Manchúria, quiçá,
de cujo nome
prefiro olvidar-me,
ou deixar descer
ao olvido,
sem ouvir
o rio letes
a bailar no leito,
lento, silente e sem leite,
aonde vamos em descenso
a braços com o barqueiro Caronte
em barcarola funesta,
que levara Menipo,
segundo o segundo evangelho da Menipéia,
vetusto apócrifo ,
não meu, nem teu,
nem do ateu, nem do arameu,
nem de Orfeu...

A filosofia
e a poesia
é toda uma dança,
o mito em rito,
que dança é
e dança vivendo,
na mostra de saúde,
enquanto há vida...;
pois "enquanto há vida
há esperança", de dança!,
de amor!..., dizia minh'avó,
em sua fé,
antes do mundo acabar nela,
desmoronar a alma
dentro dela.
Todavia,  se há esperança,
há esperança que salve
o verde que brota
no sistema vegetal,

sistema verde
que nutre e repara a vida,

dá alma à alma... :
Sim, há  esperança que salve
e isto não é um fato,
mas um ato humano,

pois os fatos
já estão mortos
e embalsamados
sob os signos da história.

A esperança
é um ato humano;

ato este que produz  esperança :
"SPE SALVI facti sumus",
dança a carta encíclica
do papa Bento XVI
na mão e no pensamento
do santo padre :
sumo pontífice.

 
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domingo, 9 de dezembro de 2012

AMIDO(AMIDO!) - ciência glossário léxico

Cássia-imperial (Cassia fistula)
A flor caminha bastante
- é caminheira, andarilha,
enquanto brilha a trilha,
milha a milha,
jardineira, arqueira...
cuja flecha é a semente
atirada à maneira de projétil(projéctil!)
lançado com a funda ou a besta
- plantado os pés ao solo de trompas(trompas!)
para aquilatar a porfia
que havia, e se afia,
ainda na fiandeira de hoje,
entre Davi e Golias,
desiguais rivais
não fosse o fundo da funda
fundo ...
Aliás, aliada a Jacó e Javé,
Raquel e Lia,
Sansão e Dalila,
a porfia lilás
das liliáceas(liliáceas!)
amarelas ("amaryllidaceae, "amaryllidaceae!") no lírio
e rubras...- de cólera! -
no anum  que descobri
num vibrião colérico.    

Vai, vai, vem  pelo caminho do bem
do sim e do amém :
azul carmesim amarela
- de um amarelo mais vivo
que  o pintado nas asas das borboletas
- amarelas
velas em asas navegando no ar,
naves, planadores...

Vai, vai e vem no vaivém das estações
pela "Via Cassia"
em castiço latim
para a acácia
silente ente verde
não cantarolar .

Escala morros, penhas,
e entre as brenhas está
com amor de flor :
a flor!
que pára para abelha se melar toda (tola!)
no todo do mel sem apicultor (tolo!),
mero ator econômico
no seu "Encomnium Moriae"
em quotas no quotidiano. 
 
("Spe Salvi" caso seja a personagem
divina, mesmo na comédia média,
mediada de imediato
pelos atos do poeta
no palco dos signos 
e símbolos, enquanto escritor;
farsa escrita para ser inscrita,
ínsita no espírito da tragédia grega
que se nutre do néctar da flor
e dos deuses mitológicos :
"flores do mal"-estar mental
e do "Mal do Século":
A tísica ou o tísico?!... 
O néctar! Ah! o néctar dos deuses!
- um maná na glicose
que se representa em corpo feminino
no corpo formoso
ou em formação de formosura 
onde abunda a glicose
armazenda em amido(amido!) e lípídios,
que alimenta o menino e o homem
de corpo e alma
e lhe dá um sopro de oboé
no espírito que, só então,
entoa desde antanho
a canção da vida  
em letra e música 
na musa de Alfred de Musset
que carregava impertérrito(impertérrito!)
a carga do "mal do século"( em confissões!);
pretérito mal,
com mérito e ritos,
ritmos de poesia romântica
carregada de sândalos (sândalo!)("Santalum album")..

A flor pisa o solo do caminho com sementes
e leva um caminhão
- de flores
da bonina ao miosótis
a peregrinar à Meca.

A flor caminha bastante
- é caminheira, andarilha,
jardineira, arqueira
cuja flecha é a semente
atirada à maneira(maneirismo!)de projétil
lançado da funda ou da besta
ao solo de trompas.

Vai, vai, vem  pelo caminho do bem
do sim e do amém,
do vai e vem, no vaivém 
de "As Primaveras" 
obra poética de Casimiro de Abreu :
azul carmesim amarela
- de um amarelo mais vivo
que  o pintado nas asas das borboletas
- amarelas
velas em asas navegando no ar,
naves, planadores...
cheirando o nariz do cinamomo
esparso no espaço que é ar a respirar
(Este o espaço!) :
"Cinnamomum cassia"
ou "Cinnamomum aromaticum"...:
madeira doce,
qual água doce,
dulcíssimo mel...

(És, Cassia, melhor que Ester
contra o Grão-vizir...
ó estrela Vésper!
- mais bela que Vênus
aglutinada na palavra
que refaz na vista
o planeta da deusa romana
em Estrela d'Alva,
da minh'alva
e minh'alma,
que não é minha,
mas tua, tua, toda tua,
no que atua
a tua alma
que minh'alma é
e ama a mar oceano 
sem fim de água azul...
- verde de palmeira
a bater as palmas
ao saber do amor inato
entre dois seres
que não podem viver em dueto,
mas sim em uníssono :
um só sono
e um só sonho.
Minh'alma não é alma
sem a tua alma!
- Sem a tu'alma
minh'alma é alma-de-gato(alma-de-gato!),
ave passariforme meramente,
da ordem menor dos frades mendicantes:
frade mendicante... 
com a alma no gato!
- sou sem ti
sentir!
- por perto do caminho a pé.  ).

A flor pisa o solo do caminho com sementes
e leva um caminhão
- de flores
da bonina ao miosótis peregrino(peregrinos!)
- em peregrinação à Meca,
 rumo à Meca.

E que chova potes
no chapéu do miosótis!

French horn.jpg

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

GRÃO-VIZIR(GRÃO-VIZIR!) - verbete

Cássia-imperial (Cassia fistula)
A flor caminha bastante
- é caminheira, andarilha,
jardineira, arqueira...,
cuja flecha é a semente
atirada à maneira de projétil
lançado com a funda ou a besta
- plantado os pés ao solo de trompas(trompas!)
para aquilatar a porfia
que se afia
entre Davi e Golias...

Vai, vai, vem  pelo caminho do bem
do sim e do amém :
azul carmesim amarela
- de um amarelo mais vivo
que  o pintado nas asas das borboletas
- amarelas
velas em asas navegando no ar,
naves, planadores...
Vai, vai e vem no vaivém das estações
pela "Via Cassia"
em castiço latim.

Escala morros, penhas,
e entre as brenhas está
com amor de flor
para abelha se melar toda (tola!)
no todo do mel sem apicultor (tolo!)
por ator econômico.
("Spe Salvi" caso seja a personagem
divina, mesmo na comédia,
nos atos do poeta,
escrita para ser inscrita,
ínsita no espírito da tragédia grega).

A flor pisa o solo do caminho com sementes
e leva um caminhão
- de flores
da bonina ao miosótis
a peregrinar à Meca.

E que chova potes
no chapéu do miosótis!
A flor caminha bastante
- é caminheira, andarilha,
jardineira, arqueira
cuja flecha é a semente
atirada à maneria de projétil
lançado da funda ou da besta
ao solo de trompas.

Vai, vai, vem  pelo caminho do bem
do sim e do amém :
azul carmesim amarela
- de um amarelo mais vivo
que  o pintado nas asas das borboletas
- amarelas
velas em asas navegando no ar,
naves, planadores...
cheirando o nariz do cinamomo(cinamomo!)
esparso no espaço que é ar a respirar
(Este o espaço!) :
"Cinnamomum cassia"
ou "Cinnamomum aromaticum"...:
madeira doce,
qual água doce,
dulcíssimo mel...
(És melhor que Ester
contra o Grão-vizir(Grão-vizir!)...
ó estrela Vésper!
- mais bela que Vênus
aglutinada na palavra
que refaz na vista
o planeta da deusa romana
em Estrela d'Alva,
da minh'alva
e minh'alma,
que não é minha,
mas tua,
no que atua).

A flor pisa o solo do caminho com sementes
e leva um caminhão
- de flores
da bonina ao miosótis
a peregrinar à Meca.

E que chova potes
no chapéu do miosótis!
French horn.jpg

dicionario filosofico ecologico natural natureza botanico encilopedico enciclopedia etimologico etimo etimologia botanica verbete glossario terminologia cientifica nomenclatura binomial binominal biologia miosotis bonina wikcionario wikdicionario cassia cinanomo cinnamomum cassia cinnamomum aromaticum estrela d'Alva vesper venus mitlogia romana grega retorica tragedia comedia poesia escultura via cassia cultura civilização falopio 

sábado, 1 de dezembro de 2012

CAMARADAS!(CAMARADAS?) - verbete etimologia etimo

Meu tio-avô tinha um carro antigo
preto, daqueles tipo manivela,
mas já sem manivela (manivela!),
cujo motor fazia um ruído de gente gargarejando
com romã e água :
glute glube "gluve"
gargarejava o motor
( Será por isso que amo carros antiguados,
daqueles do tempo do dele?!)

Ele era alto, magro, moreno ao matiz  da melanina
ao "andalus" ( Al-Andalus")
dos povos de Espanha
( meu pai se dizia de Mar de Espanha!),
dos mouros, moçárabes de Granada,
contido em sua aparente frieza inacessível,
de pouca fala
não desperdiçava uma palavra,
introvertido,
calmo, frio ( frio?!) médico e homem
tal qual meu avô,
seu irmão,
que não conheci,
não sei do temperamento,
se quente, se frio, se morno,
se extrovertido ao modo do jargão de Jung,
porque morrera num desastre de avião :
teco-teco, imagino,
quando minha mãe orçava pelos seus quinze anos!
( Por isso tenho medo de entrar em avião
e fascínio por jato supersônico
rompendo a barreira do som
suspenso no ar da manhã de abril...?!
E estudei medicina desde tenra idade,
autodidata,
e em  menino inventava remédios
para as galinhas
e operava os pés lacerados dos galináceos?!
Seria rito genético
estudar com afinco genética,
ornitologia, entomologia, psicologia...
 desde os 8 meses de idade?!
Fábio de "faber" não crê,
mas Fábio de "bio"
- "sábio".)

Morava a um filete de luar de casas
lá de casa,
nem mais quadra ou quasar.
Vivia amancebado com uma mulher gorda,
muito branca, de voz roufenha,
simplória como a glória
de um homem.

Ele me parecia velho,
mas aos quinze anos
quem não é olhado como velho pelo jovem?!
( Esta a alteridade do mancebo
com a Ancião dos anos?!...).

Devia orçar  (virar a proa do veleiro brigue

- veleiro brigue antes da arribar )
pelos cinquenta a sessenta anos,
o velho veleiro brigue.

Não sei se fora casado,
se tinha filhos;
com a mulher com quem coabitava
não os tinha.

À época eu não sabia
que ele era meu tio-avô.
Acho que quase ninguém sabia
e aqueles que tinham ciência do fato
mantinham a discrição do tempo
que fazia o ser do homem
costurado com o contexto temporal :
Costumes costurados ao homem de antanho.

Ele se estabelecera num consultório,
que era uma antiga vivenda,
frente à praça da Matriz
onde havia uma escultura de Cristo
toda branca de  lua no meio dia,
parecendo lua pintada da "cor" de nuvem branca...
a alguns passos do paço do cais,
que era um mirante para a areia alva,
duas rochas no meio à correnteza
de um rio santo igual a São Francisco de Assis
abençoando a terra boa
de homens ruinosos,
a cobra "mboa", no tupi dos tupis,
guaranis guapos, guaranás, ananás;
serpente constritora
que do tupi "mboa"
migrou para o português na palavra jibóia :
uma canoa com canoeiros à margem do rio santarrão
e da economia marginal.


( A memória é "um" fantasma
em revisitação a outros fantasmas...
camaradas!(camardas?), companheiros... ).
 
Quando eu ia ao consultório dele
na companhia de minha avó
ele sempre a tratava com desvelo
infinita paciência para com os seus choramingas de viúva
( Viúva de Sarepta!)
e quando ela emitia seus queixumes
sobre as dores que afligiam
todas as Marias das Dores,
suplicando por remédios
ele dizia : não é nada, Mariinha!"

(Qual o nome da rosa?!

- para mim este era o nome da rosa!...) 


Depois da consulta

quão aliviada ela parecia!

Saía aliviada da pena pesada 

que se impunha indevidamente.
Penosa carga,cruz lastimosa
de todos os Cristos que somos.

Outrossim, quando a moléstia era comigo,
olhava-me com uns olhos estranhos
de quem tinha caminhado ao meu lado
por toda uma vida antepassada
na estrada da genética(genética?!...)
e conquanto aos ritos(que ritos!?...) nos olhos
não acompanhassem o corpo
por causo do autodomínio
de um homem de cérebro gelado
e gestos contidos,
o olhar cumpria todos os ritos
de um zeloso e preocupado tio-avô
que, não obstante,
nem a palavra me dirigia,
embora me atendesse
antes de todos
que já estavam no consultório,
ainda que seu fosse o último a chegar
e o recinto estivesse cheio de pacientes.

Minha avó morava meio filete de sol
do consultório dele
mais perto dos pés descalços
do santo rio carmelita descalço
ande o profeta João
batizou muita gente
no tempo mítico
que é o pretérito
contado em fadas e duendes, elfos, sacis, lobisomens...
"muares" sem cabeça (mulas-sem-cabeça!).

Minha avó morava numa casa simples,
digna de atender à pobreza do santo de Assis,
que ali podia por embaixo a cabeça
com o chapéu de telha-vã.

Meu avô sempre marcava encontro com ela
na bela praça
que dava de olhos para o rio
cheio de amor com odor de peixes.
Até a água traz o cheiro do peixe em escamas
nas camadas do corpo-sereia.

Quando eles se encontravam
minha mãe, então com suas quinze primaveras,
estava presente.
Ele a tratava como filha que era e é
( verbo tem voz no presente,
mas guarda voz mnemônica
e imaginada para futuro sol).

A paixão do amor entre eles
é a mesma que emerge
em qualquer casal
preso à essa energia
que o corpo tem a despender
prodigalizando o melhor de si
na música que é a arte da vida
desde o soprar e puxar um oboé do vento

( do pulmão, do fole do vento!)
como instrumento de sopro
que dá o prazer de amar.
A arte é a felicidade física-química-elétrica
no corpo sadio
que pode se dar ao luxo do amor.
O amor é um esbanjamento de energia vital :
a maior riqueza,
a fortuna de ter vida plena a prodigalizar.

Quando meu avô morreu tragicamente
ele já havia acertado com minha avó
as bodas que teriam
se a morte não fizesse a travessia
pela metade do caminho
que não os separava
um Romeu e outra Julieta
que dormitavam na poética
escrita para eles, entre enamorados,
no sagrado livro do poeta santo.

Meu avô ainda era casado com outra,
mas minha avó não entrou no velório
como "a outra",
mas sim como esposa
separada pela morte
não do cônjuge,
mas do esponsais,
das bodas adventícias
marcadas para um tempo
que não existiu
ou deixou de existir com o finado corpo,
a finada energia do meu antepassado.

( O corpo é um acúmulo de energia,
uma armazém de vida,
que se consume rapidamente
quando  coração se desespera na corda,
dá corda na corda bamba,
bate desesperado para salvar a vida
e acaba por gastar toda a energia
nesta tentativa de sobrevida:
o organismo é uma fábrica de energia em produtos
e o depósito dessa energia em massa
a ser distribuído pela economia da vida).

 Os mortos estão vivos
- "in core"("in core, in core"!)
estão ativos no teatro mnemônico
e continuam com seu livre-arbítrio aberto,
ignorando os loucos polígrafos
que pensam que sabem pensar
porque sabem escrever com engenho e arte
à Camões, Luiz Vaz, "Os Lusíadas".

Não me lembra
a morte de meu tio-avô;
jamais tive notícia dessa morte,
senão num nome de avenida
em memória dele,
"in memoria Dei".
Mas se tem algo "in memoriam"
é porque ele morreu.

Não sei se ele era dos guelfos
ou dos gibelinos;
devia ter seu merlão gibelino

nas suas fortificações
ou estar nas crônicas da família guelfa,
mas nunca esteve em guerra :
só consigo, talvez.

Para mim meu tio-avô
continua vivo
com sua mulher e seu carro antiguíssimo
sua face serena, trigueira,
porque o que matou ele
foi o nome de rua,
mas não o nome da rosa
- da rosa que ele amava...
e ama!, porque é obra de Deus,
não obra do deus Cronos :
o amor é imperecível,
intangível, infungível,
sem fusível
que possa apagar a luz do sol
num céu solar ou lunar.

 http://scienceblogs.com.br/hypercubic/files/2012/08/ford-model-t-1908.jpg
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domingo, 18 de novembro de 2012

SINFONIA ( SINFONIA REFINADA!) - verbete


Eu sou um poeta
e o poeta é um vagabundo
no mundo imundo, iracundo...
ao menos o poeta que erra,
errabundo é em mim,  

e é assim sim e fim.

 
Errante (errante arameu!)
 caminhante, viandante,
pelo mundo fundo, raso, abundante,
meditabundo(meditabundo!),
medindo, mensurando o mundo,
vou na trilha
que brilha à estrela
com  tal exuberância nas sendas!
- vendo sendeiros, sevandijas(sevandijas!)
colocando vendas negras da noite
em flores amareladas de tinta de palor da lua
que traz um pavor do luar
no ar suspenso, tenso, intenso...
- um medo pânico de avantesmas noctívagos,
noctâmbulos(novagos, noctívagos!) morcegos cegos
sem eco no beco escuro!...
( Escuridão feita de medo!...
dentro da madre,
antes do catre deitar
ao leu sobre as águas vivas da vida ).
Andarilho vou pelo caminho do voo
observando bosta de equídeo
fezes de bovídeos,
boiada que foi
e ficou no odor não tão fético,
oxalá (oxalá!) a exalar do pasto!...
nas crinas das narinas em sintonia fina
(sinfonia, sinfonia refinada!..).

( Aposto no aposto 
do pastor  a posto
no discurso postado
na pastagem  em passagem
em grama ou vagem
pelo ruminar das reses
que não rezam.
Ou estacarão  as reses a rezar
e eu a não ouví-las
nas vilas
mesmo que de oitiva
na oitava com o mel do poeta :
(mel-de-coruja ?)
com violino e oboé
de violinista verde e oboísta azul celeste?!...
Quem sabe, quiçá...!).
 
João Guimarães Rosa era um poeta ;
aliás, é um poeta ainda e par a sempre,
sempiterno e sempre terno,
porque o poeta não morre,
não está no silogismo do homem
( as mulheres não morrem :
ficam viúvas em Sarepta
para pensar as feridas do profeta Elias,
que não as deixarão sem azeite e farinha para pão );
de fato, o poeta é um ínfima porção do homem :
a parte que faz sua parte
no teatro social
no qual é um ator como os demais
e os de menos hipocrisia,
a qual é determinante na vida
para ser em sucedido politicamente
e,concomitantemente, economicamente
que política, direito e economia
estão visceralmente interligados.
Todavia, conquanto o poeta seja imortal
( enquanto dorme um sono sonhado )
o homem, seu fundamento físico-químico e eletromagnético
é mortal, a consonar com o que reza o silogismo
e está preconizado na voz das esfinges
que não fingem
porquanto estão solitárias nos desertos,
ambientadas no Egito,
cujo nicho é o deserto
com parcimônia (parco!) de bicho.
 
De mais a mais, um poeta
antes de ser um escritor
e escriturar sua poesia
sorvida em vida,
( este sorvedouro doudo
que a vida é
posta em ser na literatura de Dostoievski
um poeta-filósofo cujos versos
exalam o bolor da prosa ),

O poeta é um pensador
anterior em gramíneas
ao grande canto do sertão
e às veredas esparsas nos gerais
com reflexos narcisista nas águas azuladas
pelas pauladas
abauladas
e aladas no céu-passarifome-falconiforme,
mas  arraigadas nos pés
de buritis verdejantes
e na exuberância "floreada" da florada
em causa resolvida e revolvida na vida
pelo escaravelho
( um coleóptero que bate asa à gelosia
do poeta romântico Alfred de Musset!)
e na morte em esgrima com  florete
ou pistolas em duelo, dueto no gueto,
cm voz em ondas de aroma de jasmins,
bogaris sob céu gris
levados e lavados os anis vis,
bis bisados. Xis, x-tudo!
 
O poeta é o pensador
que, antes de ter o ser posto por escriba,
existe no homem,
predecessor dos hieróglifos,
coevo aos geóglifos orgânicos
impressos no organismo
pintados nos cromossomos
que dizem como somos
e o que somos
na soma somática do soma!
Aflora em ser na espécie humana,
o pensador, também de Rodin;
floresce o pensador no menino e na menina (Nina!),
assim como o violinista e a violinista,
filho, filha, neto e neta, bisneto, bisneta,
tataraneto, tataraneta...
na mesma infância
em que esteve o corpo e a alma em genes
do homem  e da mulher ontem e sempre
( ontem é sempre!) :
que o menino é para sempre :
o menino, a menina :
 eterna, ela; eterno, ele;
o  homem, todavia,  é passageiro pela vida,
toda a vida!
E da barca de Caronte.
A mulher, outrossim,  é imortal,
não enquanto dura,
mas ainda quando mole.
Eterna na viúva
fica até o fim dos tempos e dos hussitas.
Só não quer ter a "Piedade" sua
na estátua de um Michelângelo
guardados nos meandros da engenharia genética
que fabrica o gênio
não se sabe quando, quanto, nem porque ou o porquê . Por quê?!

João, não o Huss, mas o Rosa, 
ou  a rosa sertaneja,
volto neles em ronda, em  rondó de cavalinhos
para espicaçar a alma do poeta Manuel Bandeira.
O João, a rosa : a rosa escarlate era o João balalão do sertão
tão extenso, intenso, denso, ancho....
O João da Rosa
- dos ventos nas madeixas de ameixas das sertanejas
escreveu do joão-de-barro em casa
( não ao João-de-barro em ninho de passarinho, passariforme)
uma palavra que escreveu, não leu...  :
 "nonada!"
- uma espécie de  fac-símile do vetusto bardo,
cantor em Homero,
ou em meros rapsodos,
 pensador  em Hesíodo,
os quais tinham como brado,
brasão  ou palavrão, do calão,
invocar as musas.
 
Ele, o escritor-descritor, descobridor,
desbravador em vocábulos, dos sertões de minas,
evocava o nada e o tudo na palavra "nonada".
Este vocábulo era lançado ali
na cabeceira do livro
tal qual estava na cabeceira do rio
ou do homem que lê o "livro de cabeceira"
à cabeceira do rio São Francisco.
Com a locução "nonada"
o aedo sertanejo  fazia o intróito do filósofo satírico
que assim se representava e se alienava
de homem em filósofo
dando um tom escarninho a tudo
que abordava
ou dissimulando, dissimulado sobre a mula
(centauro-muar)
em que montava
com um ar escarnecedor, satírico,
zombeteiro e zonzo,
qual poeta fingidor
que se representava no teatro-homem
ou personagem-homem : Fernando Pessoa,
em seus heterônimos,
em pessoa e em poeta,
em um campo de cajueiro à flor no ar dispersa (persa!),
que assim se representava e se alienava
de homem em filósofo satírico
dando um tom de menoscabo a tudo
( que muito amava!)
ou fingindo um ar escarninho de menininho no ninho
qual fosse outro poeta fingidor
que se representava em Fernando Pessoa,
poeta em versos plácidos
da simplicidade à cor do anil
ou do que tocava no disco de vinil
no mês de abril
que abriu maio em flor festeira,
brejeira no brejo.
 
O bardo sabe
quão mudam e mudas
podem ficar as ideias dos homens-em-política;
as idéias se modificam
se amoldam num contexto
que represam os interesses de época,
época essa que nada mais são
que alguns homens
líderes políticos de um tempo dado
pelo cosmos
mas roubado por alguns homens
( "Prometeus" que roubam
e hão-de roubar
eternamente, perenemente,
o fogo dos deuses ou de Deus,
do Deus de Israel
e, mormente, dos homens da terra).
Há, pois, momentos, períodos de vida
na qual o papel do homem
é declamado em ode ou elegia
de saúde ou doença
no palco ou no front
do que se fala em vida,
que é o falar e calar da biologia
( quando a política faz calar
e o calado na calada );
a pobre biologia, com seu discurso
ou tartamudeio em "logos",
com crédulo sonhando
que a ciência é realidade :
a ciência não é realidade,
mas mera realização
dos homens "sapiens" "sapiens",
no pensador, no filósofo e no poeta
e do " homo faber" no engenheiro,
todos tolos escravos dos políticos,
mas sem o saber.

Em realidade, melancólica realidade,
a biologia é apenas uma locução
verbal (verborréia!) nominal
cujo tema é a vida na voz de alguém,
uma pessoa menor que  homem : o cientista.
O cientista é apenas alienação do homem,
não o homem,
antes a metade de um centauro mítico
dado com dado no jogo de dados do real, natural,
o qual queremos divino.
Queremos deuses em todas as energias naturais.

Locada, do outro lado do bicho biologista, está a poesia
no poeta, outro ser alienado do pensamento humano,
que é menos que o ser humano,
menos que humano,
porém não desumano : humanista, iluminista, enciclopedista
e dista que dista que disto eu entendo não...
mas cujo tom e estro  é diverso
da peroração científica
no verso que versa
sobre a vida
e a morte inelutável.
( A poesia não é mais que vida,
mas a vida pensada, existencial,
exponencial no bardo,
no sublime esteta :
o poema soprado pelo anjo do oboé no espirito :
o oboísta em solo!)

O poeta tem sobrevida
- vivendo na vivenda com víveres
e víboras! ( cobras-de-vidro)
porquanto  é um médico "congênito"
e um filósofo nato, inato,
um erudito natural
que super-aprende,
aprende com na amplidão da solidão de monge.
Sua viva inteligência
( a mais viva inteligência pertence ao poeta erudito!)
permite que o homem vivo no esteta pensante,
cm perspectiva filosofante,
adquira a capacidade de aprender com a natureza,
e outro intermediário e semelhante : o homem;
e a mulher, dos quais ele conhece bem a história genética
e a escrita secular e milenar
que estão em geóglifos nas suas estelas internas,
nos seus livros genéticos gravadas em sânscrito,
latim, grego, hieróglifos,
escrita cuneiforme...

O poeta é o sábio

que sabe escutar os pensamentos dos homens
e das mulheres filistéias,
mas de tanto ouvir
tais poluídos pensamentos
maquinando maquiavelicamente
qual fossem máquinas do diabo-a-quatro
sentem incomodados, desconfortáveis
e  buscam fugir a tais poluentes sonoros,
corre empós silêncios mentais de monjas,
pobres Teresas no claustro,
presas da demência social, política,
que levam a hipocrisia dos atores até o átrio da loucura!
( Ai! desses tagarelas mentais!,
 munidos de aforismos
e falsa moral
para encobrir a imoralidade,
as perversões nefandas...:
O poeta é amoral; não imoral).

O poeta é o filósofo
que pensa usando a imagens do belo
e é o médico de si (medicastro!),
pois não há quem conheça
o mundo vegetal por dentro das plantas,
que são as fontes da vida,
da sabedoria da serpente,
farmaceuta e química
e o conhecimento do douto,
que não é o médico,
esse Esculápio "esculachado" no carnaval do arlequim
do poeta em símbolos : "Joan Miró",
iluminado "Buda" da pintura
em versos não versejados:
Verdejantes no prado e no monte com cabras montesas.

O poeta é o sábio e erudito botânico,
e a própria botânica (há botânicas!: não nanicas),
que sabe e conhece a nomenclatura de Lineu,
que é o sistema filosófico
no âmbito científico
e fala uma língua próxima às plantas
e o astrônomo
sob as leis que penteiam a Cabeleira da Berenice.

O filósofo ou erudito que não é poeta

não sabe à vida,
é um incipiente homem,
sem sapiência plena,
sem maturidade ( amena!),
pois o poeta é um homem íntegro,
integral, completo no plexo,
no amplexo, corpo e a alma...,
quando sabe amar
- uma mulher! : amá-la...
( Amá-la-ei eu...).

 
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