sábado, 28 de janeiro de 2012

BUDA - rimas e poesia-elegia para buda - dicionario wikcionario etimologia buda -dicionario wikcionario etimologia verbete filosofia doutrina religião


Garça branca desenhada contra o azul do céu
brando de nuvens brancas
retratada quadro a quadro
espaço a espaço
plano a plano
pela vida
- que é o pensamento
e ação natural
( O olho dá o ser
que dá a realidade
em retorno ao ser dado
através da linguagem dos olhos
em diálogo da natureza com o animal
observante-observado )

A graça voante-esvoaçante
a apagar a branquidão-cal ( escuridão para formatar tecido xadrez )
das nuvens em branco-tinta-tinto-tinte ( tinteiro inteiro )
no voo-mostra de que a vida quer ser eterna
- e anela por eternizar-se no indivíduo
porém a oxidação é lei
que proíbe Newton de pensar mais
ao "instilar" pena de morte
em corpo individual
- que malgrado sobrevive no corpo da espécie

Que a vida é eterna
ou para fluir eternamente
já vaticinaram os vates de todos os tempos
em todas as liras
com todas as iras
que a morte causa

Ao menos no ser humana
a vida não veio para ser passageira
Basta ver a alegria de um menino
em algum dos cumes de sua infância
( que é toda uma culminância
e exuberância do ser! )
para se concluir
que a felicidade apregoada na Ética de Nicômaco
é uma miséria comparada
a mais simples e modesta expressão de alegria de um menino
à sombra ou ao sol-luar da infância
( essa estrela inteira!... intraduzível
ainda em linguagem de poesia
com laivos de equação agnóstica à Kant
que não equacionou em linguagem matemática-algébrica)

Todavia a vida
ou a natureza que da energia migra para a matéria
e vice-versa quando versa em universo
uníssono sono em tono ( toada trítono moda ária tónus...)
é trágico grego
- poeta cuja poesia
esmorece até achar a cor da morte
no coração que para
sem para-queda
para anjo torto ou reto
na geometria escolhida

Marconni que viajava já nas ondas senoidais do radio
desde pequenino cheio de graça
( da graça que Deus concede ao ateu
e a todo menino feliz
fechado no seu mundo exclusivo
cercado de proteção milimétrica
dos que o amam intensamente )
- neto de boticário
sobrinho de farmacêutico e médico proeminente em intelecto
e saber de ofício ( e de ofídio!
- que a serpente do paraíso edênico
é o anel que forma a farmácia ( Pharmacia )
no traje grego do "Pharmacon"
e se enrosca no ofício
do ofídio ao boticário
- todos à boca da noite da mamba negra
no xadrez material
do qual é tecido tempo e espaço
por dentro e por fora
do olho e da luz
e das trevas nos cabelos encaracolados
do belo exposto na mulher jovem e bela
cujas madeixas cobrem a pele da noite
trançam o renovo do espaço e tempo
em xadrez com cor
e sem cor
- para corpo
e coração )

Marconi, dileto amigo,
diletante em todas as artes e ciências
mestre e douto e erudito
faleceu sem atendimento médico
provavelmente no hospital
ou fundação hospitalar
que trazia no frontispício
o nome de seu tio médico
que fora uma lenda local
no exercício da medicina
( O mito do Esculápio
Asclépio
do deus grego Apolo
e do centauro Quíron
floresce assim
nas ervas que ficam esparsas ao largo
provando a vida
a qual no homem
saboreamos enquanto indivíduos
e enquanto vivos permanecemos
fora do coração do mito-rito
e do Buda em estado de nirvana
plácido
ao fundo da flor do lago em placidez de garça
parada à luz
refletindo e rebatendo o sol
no branco do olho do espectro
- no olho de Lúcifer
a cintilar noite e dia
no estofo xadrez do olho
que fabrica a visão
e o deus vivo
- na água corrente e queda
caída em anjo do azul precipitado
em chuva
de garças na volúpia das mariposas )

Contudo
pior que morte física-química-eletromagnética
que nos desliga da parte branca da luz do cosmos
é a vida que vivemos
- vivemos vidas alheias
sendo personagens de dramas dos outros
abrigando no cérebro ideias de outros pensadores e poetas
- outros que não nós
Acorrentados a doutrinas
não pensamos ao vivo
nem com coerência
- pois nossa cor
é roubada doutrinariamente pela ciência
- nossa cor é furta-cor lesada
pela ditadura das pesquisas
que nos aniquilam
enquanto seres pensantes
e sapientes
- sapientíssimos somos
mas não sabemos
ou nos enganam
acenando com cientistas
e outras autoridades
donas dos vários poderes
que nos fazem crer
ser três ( podres odres! )

Eis a tragédia que Ésquilo
Eurípedes ou Shakespeare ou Goethe
não registraram
em elegia sem dó maior

A comédia que Aristófanes não leu
nem tampouco escreveu Plauto
( hoje todos os Plauto's e Goethe's "vigentes"
enquanto autoridades reconhecidas por lei (" Dura lex!'...)
arrumam palcos de anfiteatro
na profissão de fé do sociólogo-aprendiz-de-feiticeiro-eternamente
ou médicos advogados engenheiros
inviáveis ao luar luarescente
ou quando luarescendo sem irisar
ou não-irisado em arco ou abóbada... :
A morte atual é metálica
- é metal que diametralmente acaba com a mente
Hoje a morte é mental
com menta e pimenta na encomenda
- da especiaria
( ou especialidade-cátara?!
Há outra heresia no catarismo atual
dos sempre santos
dépostas governantes
de todas as nações
nos proibindo por lei
- sempre marciais e bélicos?! ) )

A natureza espelhada no lago do menino bem-nascido
e na bela estampa da donzela em flor de miosótis trémulo
diz que a vida é eterna
e a morte melo dramática em demasia
para merecer um panegírico de Nietzsche
- o filósofo-filólogo trágico
( O filósofo é outro poeta trágico
com a tragédia narrada em ditirambos dionisíacos
sonhos apolíneos e faustianos...
- todo o surrealismo metafísico de Giorgio de Chirico
- o artista trágico
o poeta trágico em geometria e cores )

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

GREGÁRIO - dicionario wik dicionario wikcionario etimologia wikdicionario


Nenhuma questão tem uma resposta
- todas as respostas são irrisórias
( para o pensador de Rodin
na Porta do Inferno )

Fútil e tolo quem tem a pretensão
de responder qualquer quesito
escolar
( escolástica)
do eleata
peripatético
cínico
jônico...
do gregário povo grego
- para não conjurar
outros povos
inquisidores
pois todos o são
em demasia
inquisitivos
às mancheias
com flor pesada
a ouro enluarado
banhado ao palor
no cadinho

Qualquer e toda resposta
posta
representará
apenas e sempre
o limite da escola
- da escolástica
e do cinturão de escol
que elaborou a resposta
- que não vale
nem para quem respondeu
laboriosamente
após elucubrações monumentais
eruditos périplos
esforço hercúleo...

sábado, 14 de janeiro de 2012

PROSPECÇÃO ( wik dicionario prospecção wik dicionario wikcionario prospecção wikcionario )


Pervagar por pervagar
pervaga o vaga-lume
pervagante
pertinaz em seu lume
Lucífero
luciferino
difundindo em si musical
na sua pauta-partitura
um pouco da luz do anjo
- de Lúcifer
o homem decaído no pó
para banquete dos gusano
que se contorcem em frenesi
parecendo dançar um balé
de Tchaikovsky
no lago dos cisnes
no canto do cisne
ou de Stravinsky
no Petruska
( "Petrushka,
Petrouchka Ballet Russian" )

Pervagando vai
o viandante
à sombra de Nietzsche
à sombra intermitente da amoreira em flor
- dos pessegueiros folheados a ouro-sol
da asa da perdiz
que não diz
o que canta
no que encanta
( - como encanta!
uma balada de amor
em língua inglesa
para quem ouve
The Beatles
Bob Dylan
Românticos de Cuba...
e fala-escuta-escreve-lê
tem inteligencia
extensa-delimitado em língua de português
encapelado no mar de caravela Cabrália
vascaína
no luso difuso pelo idioma
de Camões e Pessoa
Drummond e Bandeira
Baudelairem, Nietzsche em wikiquote ( Nietzsche-wikiquote-Nietzsche
num tipo de dança de São Guido nietzscheniana ...)

enfim, a poesia ( o poema )
na música sem-fim
e quase nua em letra
hiper-vocal nos instrumentos para musicólogos
ou com signos vocálicos
desbravados-des-tecidos
ou re-tecidos histologicamente
e historialmente
em senóides no ar
- de tecitura energética
codificada em "língua-linguagem" geométrica-matemática-eletromagnética
torneando-toureando a matéria táureo-táurea
que nada em parco significado
arrastando o ouvir ao ouvido insulado na paixão de Bach
- Paixão de Cristo! nos evangelhos velhos-escaravelho
segundo São Mateus
- Paixão"pathos" em Baco e Eros
Pacto-"pathos"
paixão de Vênus
- venérea paixão
Veneranda e venerável
na vela em estrela-cefeida padrão
( estrela que estrela para a vida inteira!)
que tange o banjo do amor
nas cordas de um violino de ar
( vários Stradivarius tocam o ar
- vários Stradivarius de Stravinsky-Petrushka
blindados com armadura de clave
assim como vários oboés
dão a tonalidade cromática do é
no ar desenhado-balouçante
assentados no mar-ar em ondas senoidais
onde navega o navio das musas
e o violinista azul celeste e verde-arbustivo-fosco violinista "herbacento-herba-seiva"... )

- a poesia ( no poema )
o poética em literatura-filosofia cantante
cantarolando
diz mais que as palavras
( todas-tolas-de-touca-na-toca-
tosca-da-tosse
que tosse-tosse-tosse em crise aguda
- crise mundana-mundial-cambial-econômica-política-ambiental-laboral-existencial-moral...)

e faz o amor
ser mais belo
do que é
- faz do amor
o senso do belo
- um ser
sem verbo
sem Parmênides de Eléia, Elea,
o eleata,
sem Zeno, Zenão, Zenon
outro eleata de escol
de Eléia, Elea
- da escola Eleática de filosofia grega
gregária
( A melodia em idioma ininteligível
faz o amor diluir o belo
erodir a beleza
fora do antro da poesia
que é um teatro e anfiteatro de essências
em sintonia fina com as resinas vegetais
deliquescentes no sistema nervoso vegetativo
autónomo como a vida
livre de pensamentos que não sejam livres
e consequentemente próprios
idênticos ao ser pensante
e pensado
os quais se identificam
e contradizem-se mutuamente
na síntese posta em ser
entre a tese e a antítese
da dialética de Zeno, o eleata )
O amor e a poesia
jamais podem ser inteligidos
porquanto não cabem
no rasto do sapato
que esparge-espago-aspargo pelo chão pisado
pisoteado de ervas daninhas
toda a inteligencia herbícola
- O amor e a paixão efervescente-evanescente
guarda o mistério
sob o véu de Ísis
- a bela Aletheia
com outra nome de Margarida-Goethe
em flor à beira do Rubicão
por onde atravessou César
a cavaleiro de um Apocalipse
caduciforme nas folhas literárias
candente-cadente-incandescente
beligerante centauro
bárbaro sagitário
constelado-consternado a nado do nada
em signo e constelação zodiacal )

Canta
decanta
a decana ave ...
que prediz a perdiz
Por quê perdiz?
Por quê se diz perdiz?!
Vamos perquirir com perspicácia
de acácia
pensante
no sistema nervoso autônomo
que vegeta a vida
- a vegetativa vida
em sistema difuso
perfazendo um périplo
sem sair da terra
onde se agarra
com raízes-mãos
radicais-mães
e radicais livres
( a vida e a morte
estão em preto e branco
no xadrez que deformam
entre os radicais livres
e a farmacopéia
que conspurca o corpo
o todo orgânico
organístico
orgástico
orgiástico
bacante
ó sibila
pitonisa )

Pervagante o vagabundo
pervaga
imundo
pelo mundo fora
errante
errabundo
pervasivo
- perfilado personagem :
um dos arlequins
do teatro social capitalista
niilista
- sem niilismo
no seu ser livre das peias doutrinárias
do niilismo
doutrina de niilistas de azul-céu-chapéu-ao-léu
de madame-cor-rosa
na alva alvissareira
alaranjada
pelo liame intersticial
do espectro
que cobre de cobre o espelho
e especula
a tese do eleata
jactante )

( Ah! o belo na música
- na musa
é mais belo que o amor
porquanto o belo
é que é belo
e não o amor
ou a paixão sinistra
de Romeu e Julieta
- a minha paixão avassaladora
que conjuga
- Eu e um miosótis!...:
querendo dançar
ambos loucos e bêbados
em Baco
Dioniso
Eros e Psiquê
- de Canova
que faz do amor
o belo
que o amor
não é na realidade
mas apenas no ser
em ser ( em-ser )
- idealidade
geometria de Platão-Euclides
desenhada no ar
sem ar
para pulmão-fole respirar
no azul-miosótis de si
musical na sanfona e no pistão
dois arcanjos no sopro
- sopro-substrato à língua-linguagem da música
- em Musa
mitológica ( mitocondrial?!)
e real ( mitocôndria?!)
natural ( em sistema de acordes)
que não inspira o ser
nem tampouco o não-ser
que é a outra porção do ser
negado e positivado
na doutrina do eleata Parmênides
- paradoxo em Zeno
com dialética
dieta seleta
para o regime da razão
do filosofo eleata
poder ler o cosmos ( e o cormorão )
em cosmologia posto :
neste ser
entre o logos
que é lógica
e o véu da aletheia
que vela a face de Ísis
- da deusa energia
sexual-basal
a pervagar em Psiquê
na psiquê do homem
- este amor em promontório
ilha
arquipélago
Galápagos )

Há uma questão
que envolve o ser e a palavra
ou a voz
o vocábulo
na música
na matemática
na filosofia
e na ciência
que muda a existência
para o lado de dentro do homem
conquanto continue a existir
o universo lá fora
em reverso
do verso
e do anverso
tecidos
numa espécie de histologia
bordejando essência e existência
num liame
com linha reta
e curva de relação
e função matemático-mitocondrial
Por isso a música
com poucos signos
para o intelecto
mas eivada de símbolos
e sinais "diacríticos"
para a sensibilidade
da sensitiva que vegeta
em tudo o que alaga
e é "terra" no humano
assim como a matemática
e outras ciências e arte de essência
( arraigadas na essência do homem
qual erva daninha na terra maninha
em perene prospecção de água no pó
que a ribeira deixou geologicamente
escrita no "álveo abandonado" )
deixa como ser
que é algo transmutado
pela indústria mental do homem
em pausa do silencio pensante
filosofante
- posicionado na poesia
( o belo em ato )
que pervade a matemática
com outra língua-linguagem
que devassa
o ato de amar
no verbo e na carne

Oh! pervaga!
pervagante vaga-lume
vagabundo lúcido
anjo nas trevas
- luciferante

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

EÓLICA ( terminologia nomenclatura cientifica filosofica juridica)


Naquela casa ficou escrito
um pedaço de mim
em cada canto
de Dante
o poeta
que teceu
a teia de aranha
da poesia ali
plantada
folheada...:
Na folha nascida
na folha caída
na folha puída
na asa branca do anjo bom
e na asa negra do anjo mau
- o sal
o salitre
da terra verde
roxa nas flores
nas ervas daninhas
salvando a terra maninha
da derrocada
da folha rota
outonada
oitavada
outonal
tonal
atonal
pentatônica
modal
modal-Debussy
com armadura de clave
- patética sinfonia!...
de Tchaikovsky

Ai! a folha rota
na rota da penumbra
escrita na minha face
apagada
no pé
na pegada
do pó
que o vento lá
varreu
violando
violeta...
Vou
no que voa
a erva no vento
em cheiro
no canteiro
inteiro
do herbolário
da casa
que casa
o passo
passado
com a passada
compassada
do ocaso
na folha
de outono
com sono
amarelo
escrito
na folha
que fora
verde
gafanhoto
- em Chagall
violinista verde
rústico
rude
rupestre
rufando
na fricção
do vento
- eólica
energia
que sopra
a alma
na narina
do homem
- oboé
de anjo
arcanjo
serafim
do mundo
sem fim
sim
( sem
mim
não )

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

FAMIGERADO ( wikcionario wiki wik dicionario etimologico enciclopedico aurelio online)


Não confio em instituições (nem cofio, de confiar para averbar...) ; instituições são, basicamente, fundamentalmente, regras interpostas entre seres humanos, que, com a interposição referida, se transformam : de seres humanos em pessoas ("personas" ), os quais são atores sociais: engenheiros, saltimbancos, religiosos, políticos, professores, poetas, filósofos, arlequins, etc. : pessoas que são e pessoas que não são, no ser do ser e no não-ser do não ou do nada, ao léu do eleata Parmênides, de Eléia, Zenon ( Zeno ou Zenão de Eléia, Elea, outro eleata, filósofo ou pensador da escola Eleática. Criaturas grimpantes do pensamento universal). Postulado?
As instituições, ou regras, ou norma, quando em conjunto de regras, são, essencialmente, o liame interposto entre seres humanos que, por esse meio, se modificam e, de seres naturais, se transmutam em entes sociais, culturais, mediados pelas instituições ou as regras que constituem essas instituições, enfim, as instituições são, basicamente, essencialmente, constituídas de regras que as rege e rege aos subordinados à essas entidades; a saber : regem os seres humanos que delas dependem, nelas "subsumidos" efetivamente ou pelo efeito do direito na lei ( direito posto ou em ato com a carga pesada das obrigações (direito das obrigações aos "trabalhos forçados" não pelo direito penal, mas sutilmente, pelo direito civil, via contratos, nos quais somente um lado tem voz ativa e o outro lado voz passiva ( a voz passiva dos necessitados, dos carentes, que não tem outro jeito senão se alienarem ou alienar sua força de trabalho à instituições sob pena de não sobreviver, se não o fizerem ).
As instituições são regidas ( e regem homens submissos, vencidos e "vincendos", nos nascituros entesourados no ventre) pelo sistema de regras, ao qual podemos denominar de norma, quando muitas são as regras e estão sistematizadas numa doutrina coerente.
Há muitas gramáticas pensando e funcionando em todo esse complexo : a gramática da língua é uma e o direito ou ordenamento jurídico é outro, dentre o infinito matemático exposto à mente laboriosa, curiosa, ávida de saber.
Existem inúmeros desses sistemas binários, ternários, quaternários, etc., funcionando nas forças alienadas das instituições, que tomam a força do homem e a aplica tecnicamente e intelectualmente.Coexistem gramáticas para a música, a dança, o teatro, a ética, o traquejo social, a etiqueta, a poesia, a ciência, enfim, são regras universais que pervagam por todo o sistema do pensamento, ocultos nos desejos dos sistemas nervoso central, sistema nervoso autônomo e somático.
A filosofia concebeu todas essas gramáticas : o ordenamento jurídico e a gramática nada mais são que aplicações da filosofia.
As regras, originárias dos princípios filosóficos, ou da razão pura, como diria Kant, são interpostas para mitigar o conflito dos seres humanos ( Rousseau, Hobbes) , primeiro transmutando-os, por essa indústria de regras, em pessoas de direito, quer seja "fictas", no caso das pessoas jurídicas, ou naturais, ou culturais : os seres humanos no seu papel social de padre, político, cientista, zelador, juiz, bandido, psiquiatra, sócio, empresário, papa, presidente da república, etc. são entes culturais e naturais a um só tempo, na confusão do papel social com os ditames naturais em fisiologia e anatomia que, outrossim, de certa forma, são ditados e esculpidos pela política ( a vida do homem, enquanto ser cultural, é mais política que a dos animais, em quantidade e qualidade de política.
Todo ator ou atriz social, bem como os escritores das peças teatrais ou poemas épicos, trágicos, dramáticos, cômicos ou dos romances do direito, peças teatrais sociais, urbanas, enquanto ciência e política ( ciência política ou geopolítica, pois o direito é também isso, mas sem se debruçar sobre o objecto exclusivo da geopolítica) é uma arte e uma ciência aplicada, sendo que a própria ciência não passa, em última instância, de uma aplicação da filosofia, que já vem substantivada e adjetivada, subjetivada e objetivada ( sujeito e objeto; enfim, os predicados e respectivos sujeitos do discurso são os mesmos entes pensados pela filosofia maior de Aristóteles : Metafísica ) na gramática e ordenada eticamente no direito e nos costumes tradicionais, mantidos na tradição oral.
As pessoas jurídicas, por seu turno, são pessoas representadas por outras pessoas : pessoas de pessoas ou representações de representações, assim como o é o Estado, pessoa jurídica de Direito Público, as empresas, pessoas jurídicas de Direito privado.
Aliás, a ciência é uma só, o que mudam são seus abjectos, os quais são geometrizados em conceitos de ser ou figuras. O ser põe as ideias ou concepções em signos : palavras, frase, orações ou em símbolos : figuras geométricos. Figuras geométricas são também símbolos e sinais naturais abocanhados pela cultura.
O ser dá o "logos", a palavra (escrita), o vocábulo (voz), que servem ao estudo abstrato em signos, debaixo de signos, os quais, por sua parte, abrigam símbolos em seu subsolo onde está assente o significado. As figuras dão ou delimitam as formas espaciais e, com isso, abrem "espaço" à concepção intelectual de tempo : ideia pura, sem forma ou conteúdo fora da mente
( na existência ), pura essência.

O famigerado "Contrato Social" é baseado em regras, que, jungidas num sistema, constituem a norma , a qual rege a cultura e a sociedade. As regras, que a todos escraviza, paradoxalmente a todos liberta enquanto escraviza : liberta o homem do jugo de outrem e de seus governantes, possibilitando a democracia, sonho azul do poeta e do filósofo.
A democracia e o direito são belas poesias, porém não belas realidades : apenas uma ideia utópica da parte da filosofia que guarda a poesia, mas sem essa utopia, nem idealismo, não haveria sociedade, democracia, liberdade de todos ou da maioria ( ou possibilidade dessa liberdade) e nem homem, pois a essência do homem está assente na liberdade individual e coletiva.
O direito leva à democracia.

domingo, 8 de janeiro de 2012

EXÍMIO ( wikcionario wiki wik dicionario filosofico juridico online)

O anjo é um tipo de geometria do espaço para indicar parte do existente, o homem no anjo,que é o existente, o ser existente, existente enquanto homem, pois anjo não existe, é um ser apenas, um ente de essência, não de existência, pois esta dicotomia, bifurcação,bipolarização, enfim, a dualidade no sistema binário, é o universo do homem, universo fechado ao universo existencial, universo essencial, de ser, não de ente, que guarda o universo fenomênico; o ser não tem tisnada de fenômeno, enquanto o ente é a manifestação do ser no fenômeno. É a imaginação ganhando asas ("asada", dando azo e não somente asas á imaginação, fora das acepção provida pelo dicionário do wikdicionario do wikcionario, da etimologia, do logos grego).
Isso, essa imaginação a dar asas à si mesmo : à imaginação, é, em certo sentido limitado, que é o anjo : um homem com apetrecho tecnológico natural-cultural de pássaro : heróis míticos como Ícaro, deuses como Eros, Cupido, a deusa alada da Vitória (de Samotrácia), "alguns" "espécimes" de deuses ou "sub-divindades" egípcias com asas-algo-delta...querubins, dragão e outras entidades aladas ou com algo similar a asas nas espáduas : sobre omoplatas o omelete de outro ovo do povo.É a imaginação intervindo na criação do pensamento : o pensante, aliás, é este anjo alado, para ser redundante, mas explícito, zeloso no explicitar. O anjo é o homem em sentido lato, na acepção não acolhida ainda pelo dicionario etimológico.
O anjo representa com imagens, fora da geometria explítica e implícita ao desenho básico, o conhecimento, é a mensagem do conhecimento, dual, maniqueísta, que só pode conhecer estabelecendo fronteiras entre o tudo e o nada, positivo ( o que se pode por, o que é possível ou pode ser posto no mundo equanto ser no ente que se manifesta) e o negativo ( o que não pode ser posto na existência e que, portanto, fica ancorado na essência, na essência do sujeito que põe a si no mundo enquanto essência do homem, que afirma o que existe e o que não existe, mas não pode por o que não existe de fato no ato de por o que é material; põe apenas a energia em forma geométrica da idéia do que há no mundo e o que é possível por ou se pode por enquanto essência, como o Direito, e existência, como o fato, dado no ato humano, que se põe afirmando ( realizando, tornando possível ou passível de por aquilo que pode ser posto como ser e não como ente, que depende do fenômeno, de fatos naturais a que precedem atos encadeados : naturais, primeiramente e humanos, em seguida, que a natureza precede o homem) ou o plano, que é a forma, ( o plano de Euclides é formal, junta linhas e constrói o espaço "a priori", à moda do jargão do filósofo Kant ),que é um ente formal; o plano euclidiano é um ente formal, representado graças ao encadeamento de fenômenos que liga o homem e a natureza; o plano é uma idéia ou ideário do universo percebido, recebido pelos sentidos, enquanto espaço kantiano-euclidiano "a priori", das formas lembradas platonicamente do universo, pois o homem é o universo em microcosmo com toda a sua memória e inteligencia e imaginação, as quais depende da memória ou do exercício mnemônico, conforme dizia o divino Platão ao asseverar que as idéias eram meras lembranças e o conhecimento recordar, recordação.
As formas antropozoomorfas da religião não passam de equação na forma passada, em outro contexto matemático-lógico-logístico, historial, com outra linguagem, usando somente símbolos ou figuras geométricas não-econômicas ( a geometria é uma figura econômica, filosófica, conceitual, ideal, exprime a ideia, não a realidade, que demanda imagem e a função da imaginação a atuar, sem economia de álgebra, economia matemática de termos linguísticos, semânticos, etc).
O anjo ou arcanjo é a expressão de uma cultura e uma etnia comum; a cultura e etnia que não possui a figura desgeometrizada do anjo é originária de outra cultura e etnia ou não teve o encontro cultural-étnico com a cultura (mente, inteligencia) do arcangélica ou com a carga genética expressa pelo corpo no amplexo do amor produtivo ou salvífico, que deu em prole sumária ou numerosa.
Na figura do arcanjo pode se ler toda uma cultura desde seus primórdios, sua língua, seus signos vocálicos, fonéticos, os quais são sombras (luz escrita na sombra ) da imagem do anjo, que projeta o pensamento, no qual vem jungida a imaginação, memória, entendimento, enfim, tudo o que a cultura priorizou e lançou na base semiótica e semiológica, quando da formação da mente, que é uma repositório de signos e símbolos, arquétipos, enfim.
A leitura do anjo ao olho nu põe à sombra o universo subliminar da mente formada e em formação "geológica", geoglífica, hieroglífica e alfabética da cultura e do gene que a apanhou, que a colheu, recolheu, depositou em si.
O anjo põe a ciência toda nas formas "geometrizadas", espacificadas e temporalizadas através da mostra desenhado do espaço contido num plano (geométrico), a figura imagística do anjo, a qual se segue a geométrica e, posteriormente, na evolução das formas de exprimir o pensamento abstrato, com maior requinte e sofisticação, os signos puramente abstratos, que nada mais tem com a imagem originaria que lhes serviu de simbolo, que deu sombra ao simbolo, que é uma forma ampla, ancha, a compor o significado e o signo, que se emancipa do símbolo, inaugurando uma leitura e escritura de signos puros, livres dos conteúdos, uma evolução da geometria espacial em geometria abstrata, algébrica, literal, sem raiz real, com radical nos símbolos e signos, que se dicotomizam em significado e significante, respectivamente, sucessiva e simultaneamente.
O arcanjo arrasta a tradição de uma cultura, não de forma oral, mas escrita, considerando escrita símbolos e signos, pois a imagem desenhada dá origem ao simbolo geométrico e a geometria faz pensar nos signos, indo a mente de abstração menor a abstração maior, assim como foi a filosofia de Aristóteles a Epicuro.
O anjo põe e tira o ser, vai do ser ao nada ou não-ser de Parmênides, perturbando e inquietando o pensamento grego desde os primórdios com o paradoxo do ser e não-ser : o ser que é tudo, o todo o " hem panta" do eleata celebrado ao não-ser ou nada do mesmo sábio eleata : Parmênides de Eléia, na Grécia antiga : terra puída.
O anjo inquietante, no pensar do eleata, é o nada, dado em contraposição ao ser como não-ser; que, posteriormente, toma a forma do zero na matemática algebrizada na cabeça do árabe, leitor dos doutos gregos ; já o homem é o todo (universo hermético: macrocosmo sumário )dado à existência e à essência, possível e, evidentemente, passível de ser posto ( " o ser é somente uma posição", diz Kant, ou seja, algo possível, passível de se por, de realizar; sendo o realizar um por em natureza ou na cultura.
O direito, por exemplo, é posto na cultura, por ser um ato cuja substancia é a mente; uma invenção, não obstante, é posta em natureza e em cultura, respectivamente, por ser um ser "ambidestro" ou ambivalente, a pervagar pela cultura e a natureza, vez que sua produção é parte pensada, escrita e realizada em equações ( equações são anjos em signos, já em escrita e não mais em desenho, imagem ou somente símbolo, mas já amealhando outra faceta do ser, do ser que é dado em vários cubos sucessivos no feixe de relações espaciais; são mensagens, mensageiros) na mente e, posteriormente, passados ao engenheiro ou técnico que transforma a natureza ou as substancias naturais conforme o molde dado nas equações e transfere o pensamento e a cultura que projetou o pensamento no artefato cultural, que, destarte, e com esta arte, ou inteligencia realizada, põe o ser realizado na natureza e cultura.
Aliás, no que tange à ciência ( ou ciência-anjo, que evoca o título de doutor angélico de Tomaz de Aquino, exímio teólogo católico que moveu um tempo o pensar do ocidente ) ela se bifurca entre o que é de direito e o que é de fato, como já distinguia Kant; entre o que é de direito e o de fato, inobstante, está o olvidado ato, que é o que move o mundo desde o Big Bang.
Aristóteles já se referia ao ato na abordagem do primeiro motor, o qual ligou o cosmos ao fogo, faísca, luz, na explosão inicial. "Fiat lux", diz a bíblia em latim.Todavia, na assertiva do filósofo, o ato é atributo exclusivo do homem ou da inteligencia.
O anjo é a mensagem clara, assertiva de nossa mente, de como funciona nosso pensamento dentro do âmbito cultural, historial, etnológico, antropológico, enfim, dentro dos "apertos" dos objetos ou no âmbito labiríntico dos objetos que desenham e desdenham a ciência através da epistemologia e outros meios de ceticismo salutar. São os diabos do bolor.
No arcabouço do arcanjo, no debuxo, toda a cultura etnológica, etnográfica, todas as rasuras epistemológicas em ranhuras, fissuras parietais, orbitais. Anjo, arcanjo genético e memético.

sábado, 7 de janeiro de 2012

PRINCÍPIOS(wik dicionario wikcionario etimologia filosofia wikiquote)

Várias leituras atentas do Código Civil brasileiro possibilitam ao leitor perceber o sistema que anima o "diploma" legal, bem de todo o sistema codificado em leis, todo o direito positivo, ou seja, posto, em ser ( direito em-ser). Todos os princípios que formam a ciência ( a ciência são princípios, conjunto deles) estão ali posto ( em ser ou em-ser, para formar jargão).
Toda a ciência ( incluída, obviamente a do direito ou jurídica, para ir à Roma pela via do étimo) estão ali ( "locus") desenhada no objeto ou ser ( outra tipo ou espécie de ser, que não é um, como queria Parmênides e Heidegger, mas muitos, inúmeros os seres. Idem os objetos que firmam o ser, junto a substancias que o funda os objetos na matéria e, consequentemte, energia, que matéria e energia se equacionam no cérebro e nas equações de Planck-Einstein, que focam a luz na sombra dos signos e símbolos que exprimem o universo matematicamente, algebricamente, cientifica e filosoficamente).
Uma, una, enfeixada em princípios, é a ciência, que não se divide em ciências : jurídica, sociológica, humanas, exatas, matemáticas, teológicas, pois há apenas uma ciência e não muitas como sói pensar o vulgo e mesmo os cientistas e filósofos; muitos são apenas os objetos figurados "geometricamente" na ciência, os quais distinguem o ângulo, seno, co-seno ou tangente estudada e, dessarte, focam o objeto. O ângulo e o prisma também define ou definha o objeto dado, estudado, projetado, em projétil.
A ciência é a mesma, assim como o sistema de princípios que fazem, que constituem o corpo fisiológico da ciência ( o corpo anatômica, metaforicamente falando, digo, escrevendo, é o objeto ). O que muda, repito, não é a ciência, que é uma só para todos os objetos, para os "infinitos" objetos, na linguagem matemática; o que muda, de fato e de direito são as figuras geométricas, ou símbolos, e os signos que constroem o conceito em palavras.
Figuras são concepções espaciais para a mente, abstrações do intelecto. Figuras, quando em conjunto geométrico, formam o motor do espaço : o tempo, ou o que assim denominamos, pois o tempo, na realidade e na idealidade, é um concepção complexa da lógica, inserida na linguagem matemática com o nome (inteligencia ou "nous") de função.
O direito ou a ciência jurídica ( a ciência dos romanos) é uma só : não há direitos, mas direitos ou ciência jurídica aplicada a povos, consoante seus costumes, cultura, que emanam de suas necessidade geopolíticas, enfim, de um complexo tempo-espaço e conexões neuronais, sinápticas originárias, principalmente, do sistema nervoso, simpático, parassimpático, autônomo, somáticos que "aparelha" cada individuo e o faz pessoa ( persona) social, quando em conjunto, evidentemente ( e o homem quase que universalmente está convivevendo ou em comunidade, ainda que tente fugir dessa prisão planetária, global, que chamamos de vários nomes, mas o fato ou fenômeno é um só, generalizado).
Outrossim,a ciência do direito contempla um determinado, deslindado objeto. O direito penal tem o seu, o civil contempla outro objeto, o comercial, o constituicional, etc., tem seus objetos desenhados e conceituados Aliás, repito, a ciência é uma só, os objetos contemplados é que são vários.
O objeto estrito do direito é o direito mesmo; o comportamento é apenas uma faceta do direito, uma parte do cubo desmontado.O comportamento é a parte subjetiva do direito, que se objetiva com a ação, o ato de reclamar o direito ou de aplicá-lo numa pretensão.Daí, quiçá, e inconscientemente ( ou não), a expressão direito adjetivo para o direito à propositura da ação.

domingo, 1 de janeiro de 2012

O NARCISO : NARCISO EM FLOR E MITOLOGIA GREGA ( BOTÂNICA E MITO GREGO)


O bar é sempre um amor eterno

Mas eterno é o nada,
que não é nada
senão paradoxo de filósofastro-matemático-
poetastros ;
enfim,
alienações de "adam" (Adão grandalhão) ,
o ser "adamah" (ser humano )
- filho-esposo-neto-bisneto-tataraneto de "Hawa",
( Eva em hebraico do Tanach )
avos, avós, Eva
- e demais "evos" que prefixam-sufixam-significam
norteiam
orientam o tempo-bússola
ou o assinalam
assinando e sinalizando
uma carta a caminho de Caminha
no meio do caminho para as Índias das especiarias
de onde escreveu o escrivão da Coorte ...

O eterno é o nada de tempo, cronos,
nada de nada
nada rasgado
rabiscado no rascunho
pois sem tempo não há nada
em oposição diametral ao ser
( o ser é o Narciso do nada...
O Narciso na flor e na mitologia grega :
flor, botânica e mito grego! )

Sem tempo
nem vácuo
- vácuo paradoxalmente cheio de ar na esfera
pode transmutar
por sutileza
de antiga escolástica
à Duns Scott
e outros antigos e medievos
a concepção de esfera
pois quando é uma bola
a concepção de esfera
muda de figura
por causa do ar
que enche a bola
porque o conceito de esfera
a meio do caminho
ignora geometricamente
os pontos e segmentos de reta
no ar que infla a bola
e desfaz a esfera
ou desdenha e desdesenha a esfera
através da concepção euclidiana de plano
que vigora no vazio abstrato
dos seus postulados
ou de onde põe o ser
no mundo abstraído
de toda concreção
( A bola do meu neto
não é uma esfera
porque o filósofo grego Euclides
ao postular as ideias puras
na sua estética transcendental
retirou ou abstraiu do conceito
toda matéria
e só deixou
a energia da mente
que concebe a forma
sem o conteúdo material;
o seja, em pura ideia
desenhada nas figuras geométricas
que não mensuram o mundo
em parábolas-desvairadas-cartesianas
mas as desmensuradas ideias
e o nada
que está na outra ponta
do ser
- no não-ser
concepção do vazio
fora de plano
euclidiano.
Eis toda a ontologia grega
presumidamente )
Mas ( outro mas!
mas agora um "mas"
na curva do bar
ou debaixo da árvore do terebinto
que sombreia o bar
aonde se entra sombrio
mas não se sai sóbrio
mas sim sobranceiro
sob sombreiro )
Mas
me corrija o étimo hebraico
oriundo do escutar a voz do hebreu
pelo ouvido das vogais
agora sem vento de oboé
soprado pelas narinas
quando as almas vivas
animavam o corpo anatômico-fisiológico-químico-eletromagnético
do arameu errante
sempre em diáspora
mundo fora
mundo afora
("meu pai era um arameu errante"
dizia minha mãe
junto com todo o povo judeu )...

Vá, peço, no que peco!,
vá perquirir a etimologia correta
e faça-me o favor
de alertar-me com um rol de erratas
mormente para quem já não pode beber,
fumar já não pode...
nem tampouco fugir no cavalo preto do apocalipse
pois meu sonho é ser o cavaleiro negro
espada em riste sobre o monte Armagedom
em Megido
no dia do Senhor do profeta Oséias
anunciado pelo profeta Amós

Mas ( outro "mas' intercalando a frase )
só posso ser José ou João
e "ninguém" mais
nenhum outro João-ninguém
que não eu mesmo
dentro e fora do bar
e do bar-bar dos bárbaros
no bar

Sim
Sou João, portanto;
"mas" nenhum portento,
nenhum São João,
( nem Batista, anabaptista ),
ainda sem aura ou auréola de santidade
que isso demanda um processo canônico

Para ser um João santo
há mister de milagres
e o requisito de morte do escolhido
( e não conheço ninguém que queira ser o escolhido! )
porquanto somente depois de morto
quando não se pode mais fazer mal a ninguém,
o ser espoliado
pode servir "eternamente" aos vivos
de pasto e repasto político
- mais, muito "mais" e "mas"
muitos "mas" e mais :
às mancheias de ases
no jogo de baralho
entre trapaceiros polidos
políticos
( Mas se há um ou vários "mas"
que pode valer valete junto ao sim
que assinala o cumprimento da ordem jurídica
descida em judicial
descaída em judicante
se existe um tal "mas"
que passe incólume pela norma culta...
por que então
não pode haver "mases"
que não vem para males
no plural?!
Não poderia a gramática
livrar-se do peso
de toda sua norma culta
colocada sobre os lombos dos burros
e livre como o verso livre
- obter licença poética
para todas praticar?!
Poderia ser ou não-ser assim?
Qual a questão do ser?:
A questão do não-ser?
"Seria" simplesmente por causa "jurídica
às vezes duas vezes as causas jurígenas"
multiplicadas
ou seria a gramática
um ordenamento jurídico
por dentro podando o ser pensante
no escrevente
no escrivão Caminha
e no escritor
da mais livre poesia
de Manuel Bandeira
que despreza o lirismo amarrado?
Ou senão
ou se sim
imaginemos matematicamente
que poderia vir a ser
o caso dos "noves fora zero"?!
- cuja tradução livre
ou versão
poderia ser, grosso modo,
um " nós fora dos nós górdios"
que enlaçam os gordos de poder político-econômico-histriônico-babilônico-...
a esse mesmo poder histriônico-babélico
na graça do ranço das velhas histereses
que rondam pás de moinhos de vento...

Mas ( é muito "mas'! )
se houvesse longe-livre-ermitão da gramática política
uma economia de "mas" livres
com ou sem (?) plural nos "esses" (s)
e que não fosse escrito em língua maldita de "ss"
pois esses "esses" (s) unidos
é de essência nazista
demoníaca ( possessos ss
- silvo de serpente no Éden
sobre o qual palmilhamos em vida )
- esses "esses" ou dois "esses (ss)" unidos
dão em estados unidos
para o crime de guerra
e espionagem com "drones"
a fim de perpetrar
a odiosa teoria e práxis política
como todas, aliás,
as teses e práxis políticas
dos políticos
( alguns homens com poder de crueldade
sobre o próximo e o distante samaritano)
- práxis emanadas de doutrinas nazistas
- puros nazismos ou fascismos
em fuga da palavra
que falam e escrevem contrapontisticamente
ao que é a prática
( são contrapontos de práxis e práticas
mas não de pragmas
nem tampouco de pragas
- pragas que não Praga
uma capital enclavada na Europa )
Tais doutrinas para empalamento
vão a galope ligeiro
cavalgando pela realidade cotidiana
das democracias a cavaleiro do nada
A cavalo no alazão e no baio
um ginete amarelo de outono em assustadora madurez

Nenhum regime entra na economia salvífica.
Então, que tal um plural assim : "mass"?!
com inocentes letras "esses" (ss )
que não querem ser símbolo
aberto em asas para voo
em cruz suástica
quando tal cruz
vem de um Hitler
em eterno poder de fogo?!
( Há outros seres humanos
de bigode ridículo
e discurso inflamado
e atitudes deletérias... )

Um ser humano
- um que seja!
e por pior que seja em papiro!
não merece um nazismo
nem outro fascismo
nem sionismo ou anti-semitismo
nem tampouco as democracias atuais!
- que se proclamam tais
nas matracas midiáticas por aí
as quais não passam
( ambas! )
de nazismos-fascismos hipócritas
imersos nas águas da besta-peixe-fera
nos aquários astrológicos-astronômicos das instituições
sob rígidas leis romanas
- em "duralex" de opressor para oprimido...
com um exército cujos generais
são Hitler e Mussolini
senhores da guerra
e das forças armadas
cada vez mais armadas e odiadas
- com "unhas e dentes"
extensos nos artefatos bélicos
que defende o poderoso
e esmaga o frágil
com um tanque de guerra
ou um helicóptero apache
de estados unidos constituídos para a defesa de alguns
que se acham acoplados ao topo da pirâmide
e o massacre da maioria
na base
soldados
peões
no jogo do xadrez
- estratégia que põe o preto-no-branco
e, destarte, o que é sub-ser
no homem animado pelo animal
que domina a selva em silvo interior )

Sim
sou João
orgulhosamente
ostensivamente João...
Mas e José
- para onde foi?!...
Perdeu-se
na noite negra
sem vaga-lume mínimo
a por o caminho
que nada na mente escura do ginete negro
alienado
vendido no mercenário de estado
no médico e no zelador
no falso profeta
poeta cientista atriz meretriz...
Ou tudo isso pensado a esmo
não seria tão-somente
um contraponto
que faz funcionar minha mente
contrapontística
e em punção para fuga de água da pleura
e de Bach
- polifônico Bach!,
senhor da musa Polímnia
que dança na música
com Melpômene
( Polifonia em musa em Dostoievski
Kandinsky... : Oi Kandinski! ,
odeio Gengis Khan!)

O mundo é um contraponto
em repiques
responsos
e para responder a ele
ser responsável
e consequentemente livre das peias
preciso ser um contraponto
do mundo
como está
e sempre esteve
- em estado de calamidade!
em petição de miséria
um tição do cão
Maior ou Menor
na sua filosofia
e práxis dela
( Fim da dissertação-discussão
do sexo dos anjos plurais
na conjunção "mas"
- perfeita na circunferência
que fere e produz a esfera
na geometria euclidiana
a menoscabar o ar
que enche a bola do menino
- e de Pelé
mas não entra nos postulados de Euclides
o filósofo que primeiro pôs o ser no mundo
pela geometria
quando abstraiu as figuras
dos seus conteúdos
e as colocou num mundo de formas
que são as ideias
as quais não possuem matéria
mas somente formas )